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Evento

Festival dos Povos da Floresta chega ao Amapá: evento celebra a diversidade cultural da Amazônia

Criado para iluminar, fortalecer e projetar a produção artística amazônica em toda a sua diversidade, o Festival dos Povos da Floresta desembarca entre os dias 18 e 21 de dezembro em Macapá (AP), depois de passar por Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). O evento reafirma seu propósito central: ser um território de palco, escuta e visibilidade para artistas da Amazônia e para os diálogos que eles constroem com o Brasil contemporâneo.

Festival dos Povos da Floresta é idealizado pela Rioterra – Centro de Inovação da Amazônia,  apresentado pela Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura,  realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, que conta ainda  com a parceria da Secult e do Governo do Amapá para esta Etapa. 

Muito além de ser um circuito cultural, o festival nasce como um gesto político e artístico. É um projeto pensado desde a floresta, com curadoria sensível às realidades locais, que coloca no centro da cena artistas indígenas, quilombolas, ribeirinhos, urbanos e periféricos, revelando a Amazônia como um campo vivo de criação, experimentação e pensamento.

Com programação gratuita e multidisciplinar, o Festival dos Povos da Floresta ocupa Macapá com artes visuais, música, economia criativa, audiovisual e encontros formativos, reforçando que a cultura amazônica não é um vestígio do passado, mas uma força ativa na construção do presente e do futuro.

A parte musical do Festival leva para Macapá, no Palco Petrobras, o novo show de Dona Onete, apresentado recentemente no Psica, em Belém, apresentação que fecha a noite de sábado com sua força e carisma inconfundíveis. No domingo, o encerramento fica por conta de Juliana Linhares, que chega pela primeira vez à cidade com o espetáculo “Nordeste Ficção”, trabalho de grande repercussão que já circulou por diversas regiões do país. Entre os destaques da programação estão os encontros entre artistas locais de projeção nacional e nomes representativos da cena regional, reafirmando o compromisso do festival com o fortalecimento da cultura amazônica. Integram esse mosaico criativo artistas como Patrícia Bastos, Nilson Chaves e Oneide Bastos, além de uma ampla rede de artistas e coletivos amazônicos que dão corpo ao festival, como Grupo Raízes do Bolão, Afrocuriaú, Zé Miguel e Euterpe, Fineias Neluty e Pretogonista, entre muitos outros.

Também no roteiro do Festival acontece, a partir do dia 18 de dezembro, a Exposição Dos Povos da Floresta,  com uma leitura plural e sensível sobre os povos da floresta, reunindo obras do Acervo Rioterra, instituição que completa 25 anos,  trabalhos selecionados por chamamento público e criações de artistas convidados como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR). A mostra permanecerá no Centro Cândido Portinari até o dia 9 de janeiro. 

Para Fabiana Gomes, diretora de projetos do Centro Rioterra, idealizador do festival, a iniciativa representa uma virada de chave na forma como a cultura amazônica é percebida no país. “O Festival dos Povos da Floresta nasce para romper estereótipos e ampliar narrativas. É um espaço onde a arte amazônica se apresenta em sua complexidade, potência e contemporaneidade, sem mediações externas.”

Música como encontro, território e conexão

Com curadoria de Aline Moraes, a programação musical em Macapá foi desenhada para provocar encontros inéditos e evidenciar a multiplicidade sonora da Amazônia. “Pensar essa curadoria foi criar pontes. O festival é sobre encontros possíveis, diálogos entre territórios e a afirmação da música amazônica em todas as suas formas”, destaca Aline.

No sábado, 20 de dezembro, o palco recebe Grupo Raízes do BolãoOneide BastosGrupo Senzalas, o encontro entre Nilson Chaves e Brenda Melo, além do coletivo Afrocuriaú, culminando com Dona Onete, que encerra a noite com seu carimbó chamegado.

No domingo, 21 de dezembro, a programação começa com o Povo Arara, trazendo expressões indígenas para o centro da cena. Em seguida, acontece o encontro criado especialmente para o festival entre Zé Miguel e Euterpe. A noite segue com Fineias NelutyPretogonista e Yanna MC, depois Patrícia Bastos, com participações de Aíla e Gabriê, e se encerra com Juliana Linhares.

Formação, trocas e protagonismo dos povos da floresta

Além dos shows e da exposição, o Festival dos Povos da Floresta promove oficinas de vídeo e fotografia com celular, rodas de conversa, encontros entre mestres da cultura popular, artistas indígenas e coletivos amazônicos, fortalecendo a formação de público e o protagonismo local.

Um circuito amazônico de alcance nacional

Após Macapá, o festival segue para Belém (PA) e Brasília (DF), onde encerra o circuito no início de 2026. Em cada cidade, o projeto constrói diálogos entre territórios, amplia redes e reafirma a Amazônia como eixo central da cultura brasileira contemporânea.


SERVIÇO: Festival dos Povos da Floresta – Etapa Macapá 

Exposição Dos Povos da Floresta
Local: Centro Cândido Portinari
Abertura: 18 de dezembro de 2025, às 19 horas 
Encerramento: 9 de janeiro de 2026
Programação musical: dias 20 e 21 de dezembro
Local: Pier do Santa Inês
Entrada gratuita e acessível para todos os públicos

PROGRAMAÇÃO

18 de dezembro
Local: Centro Cândido Portinari
18h30 — Abertura da Exposição de Artes Visuais, Mostra de Curtas-metragens e da Feira de Economia Criativa.
19h — Cerimônia Oficial de Abertura
19h15 — Roda de Conversa com Artistas Convidados
20h — Coquetel
20h30 — Visita Guiada à Exposição

20 de dezembro
Local: Píer do Santa Inês
18h – DJ Aucky
18h30 – Grupo Raízes do Bolão
19h15 – Afrocuriaú e Oneide Bastos
20h15 – Senzalas
21h15 – Nilson Chaves e Brenda Melo convidam Allan Gomes 
22h15 – Dona Onete

21 de dezembro
Local: Píer do Santa Inês 
18h – DJ Carol Tucuju
18h30 – Povo Arara
19h15 – Zé Miguel e Euterpe
20h30 – Fineias Nelluty e Pretogonista
21h30 – Patrícia Bastos e Marrecos Land convidam Aíla e Gabriê
22h30 – Juliana Linhares

Mais informações:
@festivaldospovosdafloresta | festival@povosdafloresta.art.br

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