Seis vezes campeã do carnaval carioca, a Mocidade Independente de Padre Miguel abriu o terceiro fim de semana de ensaios técnicos do Grupo Especial, neste domingo, 29 de janeiro de 2023.
Com o enredo“Terra do meu céu, estrelas do meu chão” o carnavalesco Marcus Ferreira, aborda o tema com o legado dos artistas discípulos de Mestre Vitalino no Alto do Moura, estado de Pernambuco. O local é considerado pela Unesco, como o maior centro de arte figurativa das Américas.
Sob o comando de Paulo Pinna, a comissão de Frente apresentou em seu ensaio um bom entrosamento dentro do solicitado pelo enredo.
O primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da escola, Diogo Jesus e Bruna Santos, foram o grande destaque da escola. A dupla mostrou um bailado único e muito cumplicidade. Coreografados por Vânia Reis, Diogo e Bruna que muito já foram criticados pela comunidade de Padre Miguel, vem apresentando um excelente trabalho de evolução.
Falando em evolução e comunidade, como não aplaudir de pé a comunidade da estrela guia de Padre Miguel, que mesmo com um samba enredo que pode levar a ficar um desfile enjoativo, deram um show de disposição e mostraram mais uma vez que se der ruim, a comunidade segura na raça.
Substituindo o aclamado cantor Wander Pires, Nino do Milênio, mostrou seu todo o seu potencial e levou o canto sem muitos “cacos e firulas” como seu antecessor fazia. Logo no início o carro de som apresentou algumas falhas técnicas o que nitidamente deixou o intérprete mais tenso, porém logo foram ajustadas e resolvidas.
Mestre Dudu e a rainha Giovana Angélica, a frente da “bateria não existe mais quente”, mostraram um bom desempenho, porém apresentaram o que todo mundo da espera da bateria da Mocidade, sem grandes destaques.
O time de Musas independente foi representado por Aline Mineiro, Suellen Soares, Leticia Guimaraes, Erika Schneider, Mayara do Nascimento e Natacha Horana.
A Mocidade Independente de Padre Miguel, apresentou um desfile mais técnico, sem muitas emoções. Parecia que a escola estaria guardando o grande espetáculo para o desfile.
Estação Primeira de Mangueira dá show na Sapucaí
Com o enredo“As Áfricas que a Bahia canta” onde se destaca o protagonismo feminino nas lutas contra intolerância, racismo e fortalecimento da identidade afro-brasileira, A presidente da Estação Primeira de Mangueira, Guanabara Firmino, era só sorrisos em um ensaio que literalmente incêndiou a Sapucaí.
A comunidade da Mangueira mostrou toda sua força e raça em um ensaio pra ninguém botar defeito.
O esquenta da bateria a escola cantou grandes hits da Bahia que fizeram sucesso na década de 90, que levaram o público a loucura. Êxtase total para quem acompanhava o ensaio.
A comissão de Frente, coreografada por Claudia Mota, trazia mulheres guerreiras que representavam de fácil leitura o enredo que será desenvolvido pela dupla de carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon.
Estreando na Sapucaí no grupo especial, o primeiro casal de mestre e sala e Porta bandeira, Matheus Olivério e Cinthia Santos, apresentaram um bailado com giros impressionantes.
Os intérpretes Marquinho Art Samba e Douglas Diniz, chamaram a comunidade para o desfile e conseguiram obter êxito com todo o povo de Mangueira.
A ex-BBB Thelma Assis e a mulher Melão, Renata Frisson, ensaiaram como novas musas da verde e rosa.
Sob o comando dos Mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, a bateria “Tem que respeitar meu tamborim” cruzou a avenida, tendo à sua frente a Rainha Evelyn Bastos fantasiada em referência à orixá Oyá, em sua versão que se transforma em búfalo.
A Estação Primeira de Mangueira encerra a primeira noite dos desfiles do Grupo Especial, no Domingo de Carnaval, dia 19 de fevereiro de 2023.
